Paramentos

Amito

Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de se revestir de outro paramento, hoje é pouco usado. Era a peça do vestuário que os povos antigos usavam para cobrir a cabeça, quando saíam ao ar livre. Recorda o pano com que os soldados vendaram os olhos de Jesus para melhor ludibriarem-No. Simboliza o capacete da fé, com o qual venceremos os nossos inimigos. Ao vestir, o sacerdote faz a seguinte oração: "Colocai Senhor, sobre a minha cabeça, o capacete da salvação, para que eu possa resistir às ciladas do demônio";

Alva

Túnica longa, de cor branca usada nas missas. Era usada pelos nobres gregos e romanos, e também pelos povos de climas quentes, como se vê, ainda hoje, e alguns países do Oriente tropical. Recorda a túnica branca de escárnio com que Herodes mandou vestir Jesus. Simboliza a pureza do coração. Ao vestir, o sacerdote reza "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça fruir as alegrias eternas";

Batina

Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação, sendo esta uma peça única de vestuario, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoço com uma pequena faixa branca central;

Barrete

É uma veste litúrgica usada pelo clero e seminaristas durante as celebrações litúrgicas e /ou sempre que estejam  de vestes corais (batina e sobrepeliz) ou sagradas para cobrir a cabeça. Tem vários formatos, mas o mais comum é de forma quadrada com três palas na parte superior e com uma borla ao meio. A parte desprovida de pala fica para o lado da orelha esquerda. A cor do tecido que reveste o cartão, dos vivos e da borla é de acordo com a dignidade eclesiástica de quem o usar;
Casula

Veste própria do sacerdote que preside a celebração, é colocada sobre a alva e a estola. A cor da casula segue a liturgia do dia. Casula, em latim, significa "pequena casa". Recorda a túnica sem costura de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário, os soldados não quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vestir, o sacerdote reza: "Ó Senhor, que dissestes: 'o meu jugo é suave e o meu fardo é leve´ (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graça";

Capa Pluvial

Capa longa que o sacerdote usa ao dar a Benção do Santíssimo, procissão, aspergir o fiéis e ou outras funções litúrgicas solenes;


Cíngulo

Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura. É branco ou da cor dos paramentos, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote se cinge à cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade, a fim de que a alva, comprida, não os estorvasse nos trabalhos ou nas longas caminhadas. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos carrascos. Simboliza o combate às paixões e a pureza do coração. Ao cingir-se com o cíngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu coração a virtude da caridade"

  Dalmática

É a veste própria do Diácono, é colocada sobre a túnica e a estola;




Estola

Faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Mede uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta ao pescoço, cruzando ao peito e passando sob o cíngulo, à altura da cintura. Os antigos a usavam como sudário ou como símbolo de autoridade e condecoração honorífica. Recorda as cordas com que Jesus foi puxado ao Calvário. Simboliza o poder espiritual do sacerdote, bem como a nossa dignidade de cristão e penhor de imortalidade. Ao vestir, o sacerdote reza: "Restituí-me Senhor, a estola da  imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos primeiros pais; e ainda que eu seja indigno de acercar-me aos vossos Santos Mistérios, possa, contudo, merecer a felicidade eterna";

Mitra

Chapéu quadrangular alto e cônico, com fendas laterais na parte superior e duas faixas que caem sobre os ombros, símbolo da plenitude sacerdotal. Um dos símbolos do Bispo. É um chapéu alto, terminado em ponta, com duas tiras caídas atrás. O Bispo a usa nas celebrações solenes. Usado pelo Papa, por cardeais e bispo;

Sobrepeliz

Uma espécie de alva de tamanho reduzido, chega o máximo na altura dos joelhos, possui mangas largas e folgadas. Costuma ser de linho e pode ter rendas;

Solidéu

Pequeno barrete de lã ou de seda, em forma de calota, com que os eclesiásticos cobrem a tonsura (corte circular de cabelo na parte posterior e mais alta da cabeça, utilizado por clérigos) ou pouco mais. É usado também  pelos judeus (em certas ocasiões, como na sinagoga), mas recebe um nome específico (quipá). O nome significa que deve ser tirado "somente para Deus". Tira-se desde o prefácio até depois da comunhão. Usa-se abaixo da Mitra ou do Barrete;


Véu Umeral / Véu de Ombro

É um manto retangular que o sacerdote usa sobre os ombros na Benção do Santíssimo ou ao transportar o Ostensório com o Santíssimo. Na Missa dos Santos Óleos, na manhã de Quinta-Feira Santa, os diáconos revestem-se de três tipos de Véu Umeral, para trasportar até o altar os três óleos: de cor branca, para levar o óleo do santo crisma, cor roxa, para levar o óleo dos enfermos e cor verde, para levar o óleo dos catecúmenos.